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1 de outubro de 2009

Porque é que as avós são como os telemóveis?

Hoje à tarde enquanto estava no sofá a descansar, um bocadinho, as pálpebras acordo com a minha avó a dizer à minha mãe “Acorda-a, não são horas de dormir”. Oh por amor da santa! Acordei eram 6 e qualquer coisa, quando eram 8 horas já tinha a casa arrumada, tomado banho, preparado a mana para a escola, é óbvio que estava cansada. Mas nããããão, aqui a D* tem de ser de uma espécie qualquer que “com 17 anos não fica doente nem cansada” (palavras da vóvó). Ah mas isto de as avós serem como os telemóveis é a tal coisa de, estamos muito bem a fazer uma coisa minimamente interessante (que no meu caso é não fazer nada) e estão sempre a buzinar-nos aos ouvidos (aaaaaaaaahhhhh). Ainda ontem era quase meia noite e começo a ouvir a voz do Frank Sinatra… ao início até pensei que estava a ter um sonho daqueles mesmo realistas, mas depois apercebi-me que era o telemóvel. Lá atendi e com muito esforço tentei fazer uma voz minimamente decente (esforço em vão, diga-se de passagem) e não ficar cega porque estava tudo às escuras, e ter um telemóvel a 10 centímetros dos nossos olhos em plena escuridão… é doloroso, muito doloroso. Não divagando muito do tema principal a coisa que mais me custa quando estou na casa do Alentejo é acordar com a avó a andar por tudo o quanto é canto, a abrir todas as portinholas possíveis, a mexer em todos os tachos que há lá por casa. Mas o pior mesmo é quando se põe a falar lá com as comadres. Bem sei que isso de falar com as pessoas não é mal nenhum, eu sei, mas o mal é quando ainda não são 8 da manhã e a minha casa parece um mercado! Ah pois é, as mulherezinhas entram, contam a sua vida de trás para a frente e de frente para trás. Mas eu cá já me habituem, já são 17 anos a ouvir sempre as mesmas coisas quando para lá vou. Mas prontos, nem tudo é mau, como é óbvio. Uma avó dá sempre jeito quando queremos acordar e, ou o telemóvel não tem bateria e temos preguiça de nos mexermos até ao carregador e a respectiva tomada (desculpa fraquinha fraquinha fraquinha) ou não queremos acordar com o barulho horrível do despertador (é sempre melhor acordar com uma vozinha simpática de manhã).

3 comentários:

Lia disse...

nunca tinha visto as coisas assim...avós e telemóveis...

Anónimo disse...

é horrível quando alguém da própria família nos faz sentir como inúteis, não respeitando o nosso espaço...
já li que começaste a faculdade... levantar cedo, subir/descer, desconhecidos e tal...
primeiras impressões?
não é fácil (para mim não foi e ainda não é!) mas dá uns dias e já te habituas!
beijinho.

Kikas disse...

a minha avó é chatinha chatinha, e eu vivo com ela (também no alentejo, lol). é mau por muitas muitas razões, a minha mãe nunca me pôde educar à sua maneira porque estava sempre lá a velhota "ah, e tal, deixa a menina, já tem tantos problemas". mas por outro lado quando saio de casa para apanhar o autocarro, estão à minha espera as torradinhas com o sumo de laranja natural :D e faz-me a cama aos dias de semana, ahah :) um beijinho