Quantos andam por aqui?

9 de janeiro de 2012

Sometimes you can't make it on your own

Sempre me fiz de forte. Sempre dei a entender que era uma pessoa fria, que não deixava o coração intervir quando os tempos ficavam complicados. Sempre fui eu a consolar os outros, mesmo quando eu estava de rastos. Tudo isto, todas as respostas frias, todas as respostas racionais e bem formadas, foram apenas uma forma de não me magoar mais. Aprendi a esconder o meu lado mais triste com um sorriso, a racionalizar os factos quando o coração exigia respostas sentimentalistas, mas a verdade é que sou tão frágil como qualquer um.
Os últimos dias têm sido dos mais dolorosos que tive desde o divórcio dos pais. Hoje ele pediu para falar com ela. Dei-lhe o telemóvel para a mão e virei as costas. Fechei os olhos, mordi os lábios e inspirei fundo. "Não chores" pensei. E ele, devagar e sonolento, foi-se afastando. Aqui fico a vê-lo a afundar-se no que ele próprio criou. Não consigo olhar para ele sem ficar com os olhos cheios de lágrimas, com o coração apertado, com um nó na garganta e com pena, muita pena. "Isto dura 1, 2 meses" disseram-me hoje. Espero que sim, que tudo isto nos leve a um lugar melhor.



Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone