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11 de março de 2009

Decadência

Pergunto-me quanto é que eu valho? Não sei, estava aqui a pensar em coisas passadas, a comparar-me e reparei que não sou nada... Começei muito bem na escola, todos achavam que eu iria ser muito boa estudante mas desiludi-os. Sempre fui daquelas que não se destacam em nada, apenas tinha mais imaginação que os outros, tirando isso não era nada. Não sou nada! Estou sempre a ser comparada "não és como ela" "ela é mais esperta que tu" "aquela é magra... olha para ti!" "se ao menos fosses como ela...". Já percebi! Cada frase destas ecooa pela minha cabeça todos os dias, vivo constantemente com elas, e todas elas representam horas de choro. Sou fraca porque não enfrento as coisas, fujo delas, arranjo sempre maneira de as contornar. E depois quando me deparo com elas tenho um choque frontal. Tudo se desmorona, sinto o mundo a cair-me em cima com uma brutalidade imensa. Peço desculpa se não sou o que queriam, se não me pareço com nada, se não sou nada, se não sou a pessoa que queriam que eu fosse. Não vos queria desiludir, mas acima de tudo, não me queria desiludir a mim mesma. Ando a pensar nisto há dias, mas está tudo bem as coisas vão ao lugar. Mas é como uma bola de neve, vai enrolando enrolando enrolando até que não dá mais. "Daniela porque é que quando vais na rua tens um ar tão antipático?", porque eu não posso baixar as defesas, atrás de mim existe um turbilhão de problemas. Ninguém os pode resolver só eu. Como é possível eu, eu!!, ter de orientar os problemas aqui em casa? Em casa, pff, um lugar que supostamente devia ser caloroso e agradável. Tento ajudar todos, mas acabo por não fazer nada. Chamo os meus pais à realidade, digo-lhes tudo o que esteve cá dentro quase 15 anos, que não os vou deixar estragar tudo como já quase o fizeram. Tento orientar a minha irmã, mostrar-lhe um bocadinho do que é o mundo, ensinar-lhe tudo o que sei. Aos meus avós... sou tão culpada, estou cheia de culpa até à mais pequena ponta de cabelo. Não lhes quero dar a realidade assim de mão beijada, tenho medo do que se passaria se eu fizesse isso "Sabes que depois é pior, são capazes de não aguentar". Porquê? Porque é que eu tenho de lidar com tudo isto? Depois tenho a pressão de "escolhe bem o curso que queres seguir". Se escolho uma coisa é "isso não tem futuro", se escolho outra "isso?", deixem-me! Estou desiludida comigo mesma. Desculpem se não sou a pessoa, amiga, irmã, filha, aluna ideal. Perdoem-me. Quero tanto estar sozinha, já chega de me dizerem que faço as coisas mal, de me compararem com os outros. Sinto-me numa espiral sem fim. Por agora o que me resta é chorar e esperar.

1 comentário:

Jojo disse...

não quero que sejas como a sujeita x ou a y. tu nao precisas disso.

um dia vais sabes como te libertares disso. tens uma força incrivel.

eu nao te quero uma amiga ideal, quero-te com defeitos e falhas. imperfeita! quero-te tal como és. (ja estou a chorar) senão com quem é q eu discutia?

e obrigado. muito obrigado daniela por nao me deixares. sinto-me sozinha...

qual é o problema de ser magro ou gordo, alto ou baixo, ter mais ou menos borbulhas? Essas coisas só contam para as primeiras impressões. por mais importantes q estas sejam, serão sempre incompletas se nao forem aprofundadas. e então todas as pessoas que desprezarem a oportunidade de te conhecer bem, estarão a deitar para o lixo a hipotese de ver a pessoa maravilhosa q eu vejo, o riso e a luz que tu expiras. Pobres deles! Que interessa a capa do livro? ninguem consegue fazer uma boa critica de um livro apenas conhecendo o seu titulo.

Tu tens a oportunidade de seres quem quiseres, o q quiseres, teres o numero de cursos q te apetecer e ninguem tem nada a ver com isso. tu vives a tua vida e por isso tomas as tuas decisoes, quer agrade ou nao à familia. se deixas q escolham por ti, deixa tbm q tenham contipações por ti! ahahah
podes sempre mudar, nao és um ser estatico. tu formas a imagem q tens de ti, o resto é conversa de ignorante e como tal deve ser ignorada.

beijinhos minha querida**