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25 de janeiro de 2009

Há domingos e domingos

Gostei do dia de hoje. Foi diferente dos outros, não tive de cumprir horários e deveres... apenas vivi. Desenhei mais do que é habitual, soube-me tão bem! Descobri que quando não tenho aqueles pensamentos de "tens de acabar isso" ou "tenho não-sei-quantos-desenhos-para-fazer" faço tudo muito melhor. Consegui colocar numa simples folha de papel tantos pensamentos e recordações, pessoas e ao mesmo tempo estava a rever-me. Não sei explicar o que senti ao desenhar a Carina (TENHO SAUDADES TUAS!) mas foi algo... não sei. Não tenho uma palavra no meu dicionário para tal coisa. Estar constantemente a ver uma fotografia dela com a irmã, deu-me a noção que o tempo passa e não é pouco. A cada bocadinho de cabelo que eu lhe pintava lembrava-me de mais qualquer coisa nossa, só nossa, daqueles momentos que ficam guardados na nossa pequena caixinha de lembranças, aquelas recordações que temos de dizer "chioo não contes a ninguém". Éramos tão pequeninas (meu porta-chaves!).
Enquanto estava sozinha no sótão não ouvia mais nada, o tempo parecia que lá fora tinha parado. O único som do mundo lá de fora que se fazia ouvir era o da chuva a bater na janela ou o das folhas das palmeiras a bater no telhado. No mundo das
aguarelas o único som que se fazia ouvir era o dos pinceis a bater no copo de vidro ou a música que tocava no ipod, mais nada! E é tão bom! Depois de criar arco-íris que fazem de escorrega e nuvens de algodão doce sabe bem que falem conosco, é bom falar depois de estar sentada um par de horas sozinha. Hoje reparei que gosto que me chamem pelo nome aqui em casa, é diferente.
Havia de ter mais domingos assim...

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