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21 de julho de 2008

O mundo dos "grandes"

Ainda hoje estava a ver um filme sobre realidade, sonhos e essas coisas complicadas e apercebi-me que, embora fosse apenas um filme, o mundo é complicado. Lembro-me de quando era pequena e via os meus desenhos animados e depois via um filme a diferença era gigantesca. No mundo da fantasia tudo era bonito e com cor, mas o mesmo não se passava nos filmes para os "grandes", os adultos ou os crescidos como queiramos chamar-lhes. Lá havia momentos de felicidade, dor, perda, emoção, havia de tudo. Mas havia uma coisa em comum entre estas duas coisas: o fIm. Era sempre bom. No fim tudo ficava bem e eram felizes para sempre. Ai... como eu gostava disto. Era como se depois da tempestade viesse a calmaria [After the flood all the colours came out]. Mas acho que este fim de semana muita coisa mudou na minha cabeça, parece que descobri mais do humano, do que ele realmente necessita. Ao princípio existe o período de adaptação e depois de estar adaptado vem a mudança e é aí que se vê o que ele realmente é. Nestes dias o que mais ouvi foi "cansei de estar bem", não acreditei no que ouvi. É possível uma pessoa estar cansada de viver bem, ter uma casa, uma família? Quer dizer entendo que nem tudo seja ideal, que não tenhamos sempre o dinheiro que precisamos ou as relações que deviamos ter mas... Então e aquelas pessoas que parece que foram deixadas e esquecidas no meio do nada, nos países que nem parecem países por serem tão cheios de nada. Para se ter água tem que se andar vários km's. Pois... essas pessoas estão cansadas de estar assim, mas eu consigo entendê-las, mas quem diz que está cansado de estar bem... não, não as entendo. Acordem! Acordem para a vida! Sejam voçês e ajam como se quisessem mostrar a alguém o bom que são. Não desistir, pensar que temos sempre alguém ao pé de nós. Quando entrar de pés e cabeça no mundo dos adultos quero fazer a diferença. Até me posso vir a sentir cansada de estar bem mas hei-de mudar isso. Hei-de conseguir fazer com que os outros fiquem bem e não se cansem.
Afinal acho que com tudo isto tenho de agradecer às discussões de família, coisa horrível e que aleija, mas que me faz perceber que nem tudo é bom. Ela faz-me crescer.

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